quinta-feira, 26 de setembro de 2013

25/09/2013 - 19 dia - Lajes(SC) - Ouro Fino (1019 km)

       Pois é, saímos de Lages com ideia de rodarmos até Registro-SP, mas a viagem foi rendendo, foi rendendo, foi rendendo, que no final das contas acabamos chegando em casa.

       Em Lages, logo de manhã, a temperatura estava baixa, mas conforme fomos andando, o clima foi melhorando e os km ficando para trás. 

     Passando por Mafra, deixamos um grande abraço para o nosso amigo Rivanil, que devido a vontade de chegar em casa não nos foi  possível encontrá-lo. Rivanil, pode ficar tranquilo que não vai faltar oportunidade de voltarmos ai.

       As 21:15h deixamos o Enio da entrada de Campinas e tocamos para Ouro Fino. 

        Quão grande foi nossa surpresa ao chegarmos em Ouro Fino as 22:30h e encontrarmos vários amigos nos aguardando no trevo de entrada da cidade, com cerveja e foguetes. Esse pessoal de Ouro Fino é doido...  rsrsrs. Valeu Fabrício e amigos, abração a todos.

       19 dias, 9112 km, muitas risadas, muitas histórias, somente coisas boas.

     Deixo aqui meus agradecimentos, primeiro à Deus, que nos acompanhou todo o tempo, aos familiares que nos apoiaram e ficaram em casa orando por nós, aos amigos que estavam em pensamento conosco, e aos companheiros de viagem, que como todos sabem, não é fácil conviver com pessoas que pensam e agem diferente de nós, do jeito que estamos acostumados a viver; mas voces foram excepcionais, ponderando sempre a razão com a emoção, tomando as decisões democraticamente e aceitando-as com respeito e dignidade. Valeu meus amigos, meus irmãos de estrada, e, como sempre, desculpe alguma coisa e até qualquer hora.

      Abraços e fiquemos com Deus.


Abastecimento em Mafra-SC
Despedindo do Véio em Campinas.
 Valeu Enio, foi  muito bom ter sua companhia nestes dias.

Chegada em Ouro Fino

Elas estavam nos esperando.

Festa no trevo de Ouro Fino


Valeu Fabrício

Km final

terça-feira, 24 de setembro de 2013

24/09/2013 - 18 dia - São Borja-RS - Lajes-SC (686 km)

         Não podíamos sair de São Borja sem antes visitar o museu Getúlio Vargas. Mas, para nossa decepção, este estava fechado para reformas, e o que conseguimos foi somente tirar fotos no  memorial feito em 2004 por Oscar Niemeyer para comemorar o cinquentenário de sua morte e a sua carta testamento, tudo na praça central de São Borja.

       Depois disso, abastecemos as motos e pegamos estrada, com aquele friozinho de arrancar pinguim da toca. Nossa rota foi definida hoje, pois estávamos em dúvida se iríamos por Erechim, para sair direto em Curitiba,  ou por Vacaria, para descer até a serra do rio do rastro. Optamos pela segunda, e estamos em Lages. Após pegarmos congestionamento na estrada por causa de queda de barreira na serra de Vacaria,  chegamos em Lages acompanhados do frio e da chuva, e amanhã dependendo do tempo, desceremos a Serra do Rio do Rastro

        Faltaram algumas fotos de ontem, que posto agora, onde, temos desde o Sr. limpeza, que não pode com sujeira, até o casal revelação da viagem.

         Abraços e continuemos com Deus.

Praça XV em São Borja

Memórial de Getúlio Vargas

Igreja Matriz de São Borja

Carta testamento de Getúlio Vargas

Painel na praça

Olha o tempo fechando...

Aguardando liberação da pista

Vamos passar ou não?

Resultado das chuvas do final de semana

BMW também precisa de gasolina, mesmo que seja de aproveitamento, rsrsr

Tem que estar limpinho, senão....

É tão bom sonhar juntos...






23/09/2013 - 17 dia - Federal [Arg] - São Borja [Bra] (430 km)

          Aquele mito criado na cabeça das pessoas, daquela imagem do motoqueiro (ou motociclista, pra mim tanto faz), cruzando longas planíces, com os cabelos ao vento, jaqueta aberta, dando aquela impressão de liberdade nada mais é do que um apelo de marketing para venda de alguma coisa.
         Quem estiver lendo este parágrafo acima e não entender o porque escrevi, já explico: Andar de moto é para quem gosta, não é para fazer bonito, não é para ficar bem na fita, o motociclista (ou motoqueiro) é forjado no calor do asfalto, no frio do vento, na água da chuva e na saudade dos que nos esperam. Não basta saber andar de moto, tem que ter moto no sangue para percorrer longos caminhos, seja com chuva, frio extremo, calor sufocante, vento e todas as outras situações da natureza. Resumindo, tem  que gostar desse trem.

         Hoje saimos cedo de Federal com muito frio e chegamos em São Borja embaixo de chuva. Para pessoas "normais", esta seria uma situação critica. Mas, bastou arrumarmos um hotel, tomarmos um banho e jantarmos, que tudo o que passamos hoje não foi mais do que um dia comum, com coisas que serviram somente para nos fortalecer, para saber que o dia de hoje foi mais divertido que o de ontem e menos que o de amanhã.
   
          Para variar um pouquinho, a Polícia Argentina de Corrientes, cuja região abrange até aqui perto, nos mordeu mais alguns pesos. Mas estes dois "policiais" que estavam na rodovia foram até cordiais, perguntaram muitas coisas sobre a viagem, sobre as motos, sobre o caminho, deram dicas de desvio e depois pediram uma "colaboracion" para pintar o posto policial. Como já estavamos quase sem $ (peso) nenhum, juntamos dos seis, em torno de $ 60 pesos e demos nossa "colaboracion".  Vale ressaltar aqui, que todos os policiais argentinos que nos abordaram, que não eram de Corrientes, nos trataram com o maior respeito, educação e profissionalismo.

            Ao chegarmos em  Uruguaiana, a primeira cidade depois da divisa, fomos trocar o óleo das motos e as velas da VStrom do Gui. Fizemos isso na oficina do Mauricio.  Para quem estiver passando de moto por Uruguaiana e precisar de um auxílio mecânico, pode contar o Mauricio, da Mauricio Motos, uma pequena oficina no centro da cidade, que não poupa esforços para ajudar no que for preciso. Só para voces terem uma idéia, ele correu atrás das velas da VStrom, conseguiu uma lâmpada da luz baixa (H7 -1 polo) da GS do Zé Glauco e trocou o óleo de todas. O Endereço do Mauricio é:  Rua Prado Lima, 2514, tel. \(55)3411-1716. Valeu Mauricio, abração dos mineiros.

           De Uruguaiana até São Borja, são somente 178 km, que chegamos debaixo de chuva. Ao pararmos no trevo de acesso à cidade, uma viatura da Policia Militar, passou e perguntou se estava tudo ok. Explicamos que iriamos entrar na cidade para procurar um hotel, e o policial, muito solícito,  pediu que o seguíssemos, que ele nos levaria até um hotel. Facilitou e muito, não lembro o nome dele, mas fica aqui o nosso agradecimento.

          Amanhã cedo continuaremos nosso retorno pra casa, mas antes vamos fazer uma visita ao túmulo de Getúlio Vargas.

         Abraços e continuemos com Deus.
Aduana Paso de los Libre

Aduana Paso de los Libre

Aduana

Na fronteira
Tem gente que não aguentou esperar..

Precisou de um "despertador", rsrsrs


O Mauricio e os novos clientes


domingo, 22 de setembro de 2013

22/09/2013 - 16 dia - Villa Maria - Federal [Arg] (541 km)

A vontade de hoje era de dormir no Brasil, afinal faltavam apenas 750 km, mas o dia amanheceu gelado e só conseguimos sair do hotel às 10:30h. O trajeto até Santa Fé foi tranquilo, só a vela da moto do Gui que sujou novamente, e desda vez trocamos ao invés de somente limpar.

De Santa Fé até Paraná (Arg) são 47 km, a ligação entre as duas cidades se dá através de balsa ou por túnel. O túnel subfluvial tem 2900 metros sob o Rio Paraná e é o principal meio de ligação entre as duas cidades.

As 18:00 estavam faltando 230 km para chegarmos na divisa, mas começou a chuviscar e a temperatura caiu muito rápido, por isso optamos por pernoitar em uma cidade chamada "Federal", que se voce der zoom no google não vai conseguir enxergar, mas que existe, existe.

Abraços e continuemos com Deus.

Olha o Pablo querendo abrir os baús pela lateral

Ponte em Santa Fé

Ponte em Santa Fé

Santa Fé

Túnel subfluvial


Saida do tunel

Em Santa Fé

Altar campal em Federal-Arg

Altar campal em "Federal"

sábado, 21 de setembro de 2013

21/09/2013 - 15 dia - Mendoza - Villa Maria [Arg] (626 km)

                Hoje não deu para chegarmos em Santa Fé, mas pelos percalços do dia, está de ótimo tamanho.
          Na hora de saírmos do hotel em Mendoza começou a chover. Fomos abastecer as motos e começou a nevar. Pegamos estrada e a temperatura foi caindo, caindo, caindo, até 2,5 no termômetro, mas a sensação térmica era muito menor.  Todos estavam com tudo para proteger do frio e chuva, e ainda passamos frio. Além da chuva, ainda tinha um vento forte de frente que não deixava a moto andar. Rodamos 70 km sob chuva e depois chuvisqueiro e frio.

         Pelos nossos cálculos, daria para abastecer em San Luis (263 km de Mendoza), mas quando chegamos em Desaguadero, as motos já estavam na reserva, e lá não tem gasolina e ainda faltavam 80 km para San Luis. Para não ter que voltar 40 km no frio, arriscamos ir bem na maciota, não passando de 80 km/h para tentar chegar no próximo posto. Quase que deu. A minha moto deu pane seca faltando 5 km para San Luis. Deitei a moto no acostamento para que aquele restinho de gasolina que fica do lado do tanque pudesse passar para o outro lado, liguei e consegui rodar mais 5 km até o posto. A moto do Gui parou um pouco mais na frente da minha, mas não chegou no posto, o Enio ficou com ele esperando até voltarmos com o galão de gasolina. As GS e a Transalp chegaram no último gole. 

           Depois rodamos até perto de Rio Cuarto, quando abastecemos novamente e a moto do Gui começou a falhar. Desmontamos o tanque para verificar a vela e constamos que estava com excesso de gasolina. Limpamos e seguimos até Villa Maria. 

                Abraços e continuemos com Deus.

Estrada p/Santa Fé

Desaguadero

Desaguadero

Desaguadero

Abastecimento na estrada

Gasolina azul na Strom Azul


Guardando o tanque da VStrom

Vamos tirar a vela
Pablo levando o "Véio" pra lanchar

Por do sol em Villa Maria


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

20/09/2013- 14 dia - Turismo em Mendoza [Arg]

         Esqueci de comentar ontem, o Motorista da Van, Sr. José, foi cedo no hotel para tirar fotos da partida e nos escoltar até a saída para Los Andes, passando por um caminho alternativo, sem precisar passar pelo centro de Santiago. Obrigado José, e como disse, será recomendado aos amigos que por ai passarem.

          O dia de hoje foi para conhecer um pouco Mendoza, que dizem ser a capital do vinho. De manhã  fomos ao centro da cidade, que tem um comércio parecido com o de Campinas, mas falta um pouco de educação aos hermanos para não jogar lixo na rua, além disso acredito que a Prefeitura deve ter esquecido da limpeza pública.

            O forte da cidade são as vinícolas, Mendoza é responsável por 70 a 75 % da produção de vinho da Argentina. Entre as vinícolas artesanais e industriais, Mendoza possui algo em torno de 700 (isso mesmo, setecentas vinícolas). A variedade de uva mais utilizada na região é a Malbec, mas também se produz Merlot e Sauvignon.  Quando um vinho é feito de somente uma variedade de uva, ele tem uma classificação acima dos demais, mas para classificar um vinho como ótimo, tem-se que utilizar todos os sentidos, como a aparência, coloração, cheiro, aroma, ouvir seu borbulhar quando cair na taça, sentir a leveza do sabor. Eu por enquanto só estou na fase de degustação, a classificação completa so vou começar a fazer depois que terminar o curso intensivo de seis meses por aqui, abraços a todos, srrsrsrs.

        Outro produto importante da região são as azeitonas e derivados, como azeite e cosméticos. Hoje visitamos duas vinícolas, uma industrial , a Vinícola Lopes, fundada em 1898 e uma artesanal, a Dom Arturo, de uma família de imigrantes franceses. Visitamos também uma fábrica artesanal de azeite de oliva, a Pasrai, tradicional por aqui. O método de produção industrial daqui não difere em nada das nossas vinícolas do Rio Grande do Sul.

        Amanhã começaremos realmente a voltar pra casa, pois o que nos propomos a conhecer nesta viagem, com a graça de Deus realizamos. Voltaremos por Santa Fé, para passar no túnel subfluvial do rio Paraná, que liga as cidades de Santa Fé a Paraná, túnel este que tem 4500 mt de extensão, sendo quase 3000 sob o Rio Paraná.

  Abraços e continuemos com Deus.

Túnel na cordilheira
      
Caracolles
Caracolles
Cordilheira
Cordilheira

Caracolles
Cordilheira
As digníssimas podem ficar tranquilas, as encomendas estão compradas


Vinícola Lopez

Vinícola Lopez

Vinícola Lopez

Vinícola Lopez

Vinícola Lopez

É sempre bom ter companhia para beber um vinho

Vinícola Lopez

O que iremos comprar?


Esperando amadurecer a safra

Fábrica de azeite

Máquina beneficiar azeitona

Levo ou não levo?


Novo modelo, vai demorar pra chegar no Brasil


Vinícola Lopez